À medida do possível, procuro propor atividades inovadoras aos alunos e que desperte sua curiosidade. Para que isto ocorra, entendo ser necessária a não utilização de usuais metodologias que são bastante conhecidas tanto por outros professores como pelos alunos; a melhor forma de despertar a curiosidade dos alunos é entrando em seu universo; desta maneira fica mais fácil, inclusive, estabelecer um diálogo mais aberto com os mesmos, isto faz com que os alunos se sintam parte do processo ensino-aprendizagem e se envolvam mais efetivamente nas atividades escolares propostas. Entretanto, no decorrer das atividades em sala de aula, observo que a troca de pensamento e idéias surgidas de ambas as partes, tanto por mim, quanto pelos alunos, através da educação dialógica que proponho, dá origem a saberes provenientes da própria realidade deles, relacionados ao seu cotidiano, os quais considero ser indispensáveis para minha reflexão sobre diversas questões de minha prática educativa, ou seja, sou conduzido também pela contribuição de sugestões dos próprios alunos que revelam suas experiências de vida, seu dia-a-dia.
Enquanto professor, procuro constantemente utilizar novos meios para fazer diferente a minha prática de ensinar, para não cair na “mesmice” e não tornar exaustivo o aprendizado para os alunos e o ensino frustrante para mim; a questão é que nem sempre eu obtenho os recursos necessários para uma determinada atividade, dada a realidade da escola pública.
Caso resolva mudar minha prática de ensino, por considerar inadequada, este fato não é algo que me cause frustração, pois, diante dessa situação, compreendo que preciso ser sensivelmente capaz em perceber que, se algo não está ocorrendo bem na minha prática de ensino em sala de aula, é porque está na hora de mudá-la; caso contrário, poderei permanecer inerte com metodologias arcaicas e adotando o conformismo de minhas ações em sala de aula com meus alunos.
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